sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014


Graças a Deus, a Bélgica e uma sociedade democrática!

O artigo 19 da sua Constituição garante a liberdade de expressão e soubemos hoje que a juíza não aceitou o pedido da Lixon que pretendia que nos calássemos sob pretexto de que estaríamos a denegrir a sua reputação.

A Lixon não conseguiu evidentemente reunir provas que justificassem que nos fosse imposta uma restrição à liberdade de expressão.

A Lixon não conseguiu nem conseguirá, pois o respeito que temos e sempre teremos pelos outros não dependerá nunca do respeito que os outros possam ter ou não ter por nós.

A próxima audiência será no dia 28 de Fevereiro.

Gostava de escrever os posts neste blog em três línguas para irmos mantendo o maxximo de pessoas  informadas mas ainda estou a dar os primeiros passos na blogosfera e não encontro uma forma de copiar, traduzir no Google e voltar a colar no blog.

Tenho que diferenciar também as línguas de acordo com o tipo ou a cor da letra.

Se alguém me pudesse dar uma ou duas explicações, para eu perder menos tempo à procura de pormenores, seria óptimo (não consigo deixar cair o p).





quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

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Verde, uma das cores da nossa bandeira e também a cor da esperança para escrever na minha língua, na língua do meu coração.

Muitos dos nossos amigos falam inglês e francês, outros falam apenas uma dessas línguas e alguns só falam português. Mas seja como for, eu sei que não poderei escrever certas coisas se não as escrever na minha língua.

Não encontro os acentos, descobri a existência de blogs há muito pouco tempo mas estou contente por ter mais esta ferramenta de comunicação à nossa disposição para denunciar a historia incrível que estamos a viver.

Desde que perdemos a nossa casa em Junho de 2013, por causa das obras da Lixon, ao lado de nossa casa, a nossa vida mudou completamente.

Não vivemos num pais em guerra, não houve nenhuma catástrofe natural e contudo temos este estranho sentimento de sermos deslocados internos por razão nenhuma! Apenas porque para algumas pessoas o lucro se sobrepõe ao respeito, porque os interesses privados são mais fortes do que as entidades publicas que deveriam defender os interesses dos cidadãos.

Quanto tempo mais teremos que esperar antes de podermos voltar para casa?

O que é que se passa verdadeiramente no Square Marie-Louise em Bruxelas?

Como é que foi possível que um plano que implicava a invasão da nossa propriedade, sem nossa autorização, tenha sido aprovado?

Como é que é possível que  um estaleiro desta dimensão possa funcionar sem qualquer tipo de fiscalização mesmo quando as coisas dão para o torto?

Será possível que  depois de nos terem estragado a casa e a vida, estas pessoas consigam levar o seu maravilhoso plano avante?

Isto só em Portugal... Isto só aqui... Isto não poderia acontecer em mais lado nenhum...

Não?  Pois não. Acompanhem a nossa historia inacreditável e fiquem a conhecer a capital da Europa no seu melhor!

Se não fosse a idoneidade, a seriedade e o profissionalismo do Professor Alexandre Pinto do Instituto Superior Técnico, não sabemos o que é que poderia ter acontecido à nossa casa nem o que nos poderia ter acontecido a nos próprios.

Se não fosse este terceiro advogado, digno desse nome, já teríamos sido comidos com batatinhas!

Isto não aconteceu só uma vez, nem duas, nem três. E um esquema  bem rodado em que a estratégia de defesa da Lixon consiste em procurar transformar as vitimas em culpados, em fazê-las perder o seu tempo e dinheiro fazendo de conta que estão interessados nesta ou naquela pseudo solução apenas para as esgotar.

Muito estranho o comportamento de todos aqueles que pensam que por terem as costas largas, os seus interesses se podem sobrepor à lei.

E extraodinario que depois de nos terem estragado a casa e a vida, nos processem por  abuso de direito. De que direito? O Direito de vivermos tranquilamente em nossa casa ou o direito de eles pensarem que poderiam continuar impunemente a violar o código civil belga, a pretexto de a única forma  de poderem consolidar a casa dos vizinhos ser ganhando dezenas de metros quadrados à custa deles?

Às vezes temos que nos beliscar para nos certificarmos que estamos acordados e que isto nos esta de facto a acontecer...

O carro ainda nos leva para à frente de nossa casa. Sem querer, damos por nos a enganar-nos e a ir para casa.

Temos que la ir todos os dias para controlar que a Lixon não tenta  recomeçar clandestinamente as obras outra vez, para dar de comer aos peixes porque não temos espaço, no apartamento para o aquário e sobretudo para constatar que, mesmo com as obras paradas, a casa continua a mexer.

Quem e que se vai responsabilizar por isto? Quem e que nos vai indemnizar por todo este tempo perdido? Pelos problemas de saúde? Pelas noites sem dormir? Pela confusão que tudo isto gerou na nossa vida e nas vidas das nossas filhas? Pela preocupação e angustia das nossas mães viúvas de quase 80 anos? Haverá alguma indemnização que  nos traga a nossa vida de antes de volta?

Um coisa é certa. Quem se move apenas por interesse(s) e sem qualquer respeito pelo seu semelhante infelizmente não sabe, nem pode imaginar, a força que advém dos princípios e dos valores graças aos quais já foi possível mover tantas montanhas e reparar tantas injustiças.

As pessoas corajosas vivem se calhar menos mas pelo menos vivem a sério, não passam apenas por esta vida sempre a olharem para o seu próprio umbigo e a defenderem os seus interesses mesquinhos.




What is happening to our family at the 21th century, in a state of Law, at the heart of Europe, is so unbelievable that we cannot accept it. No we can't! 

We already have Facebook, a petition and a two minute video (see above) to help us to inform other people about what is happening to us. What if this would have happened to you?

With this blog we will give you regular news about this incredible story that begins like this: once upon a time in Brussels, our family was happily living in a very beautiful house in front of a lake. During 14 years we had spent our economies, and most of our spare time, not simply renovating but restoring it with love.

We were therefore pleased to learn that the clinic, which had been abandoned for more than a decade, next to our house was finally going to be transformed into a complex of luxury apartments.

We had been robbed several times, had been awaken at night by abnormal noises of people stealing every possible thing and had witnessed a huge fire that might have ravaged also our own house.We would soon feel safe, we would have the possibility to sleep quietly throughout the whole night, we would not have to call the police anymore, we would have neighbours instead of troubles, we thought....

 But when Lixon started its works the nightmare began.

During the summer 2012 asbestos was removed with big air extractors turned into our patio!  No more gardening or barbecues.

And then we had to suffer the demolitions quickly described in our 2 minute video. Rocks falling, 45 cm long holes through our walls next to electric plugs, an infiltration when our chimneys were destroyed, humidity, trucks unloading machines and material from 4:00 am, unbearable noise and dust, with our beds trembling and our photo frames falling down…

Scared but determined to see the works finished as soon as possible, we decided to find a place to sleep, in order to be able to pursue our normal lives (i.e. studying and working). And every night, for seven months, we caught our things for the day after and went to sleep somewhere else.

Cracks appeared all over the house since November, the basement suddenly had 100% of humidity and mushrooms growing in the walls. Then we had three concrete "volcanos" lifting our tiles in February and March and Lixon pretending to restart the works without a plausible explanation…  

We had to go to court and we were astonished to learn that, without our permission, Lixon had injected concrete under our foundations and had put big 8 and 9 meter steel bars in our underground to gain around 65 square meters.

Having gone through two wars, with bombs falling in the lake, the house never had a problem but, after denying for a while a fact that was easily confirmed, Lixon discovered that our house had a “structural problem” since the moment it was built 120 years ago!

Lixon is a huge enterprise and we opened our doors almost on a daily base for them to have the possibility to regularly monitor the damages at our place.

According to the people responsible for the works, everything was “normal”, so normal that we had to be evacuated by the fireman on 13 June 2013.

After 5 days and 4 nights camping in front of our house to draw people’s attention to what was happening and to try to obtain a paper certifying our evacuation for security reasons, there was a decree of the City of Brussels declaring the house uninhabitable and stopping the works until the house would be stabilized.

It is very difficult to cut such a long and sad story short…The fact is that nothing happened since June, apart from the fact that Lixon went to court too to claim for EUR 250.000 for the prejudice we had  caused them. And accuse us of denigration by telling the truth and nothing but the whole truth.

We very often think that if this would not be happening to us, it would be difficult to believe it!

Thank God we had had the good idea to make an “état des lieux”, an inventory and statement of state of repair, full of photos of every corner of the house commented by our own expert and countersigned by Lixon, in December 2011.

We lost our home almost 8 months ago and, at present, we have absolutely no light at the end of the tunnel. We do not live in a country at war, there was no natural catastrophe and we feel like as if we were internally displaced people for no valid reason.

Only because there are cities that have to grow so quickly that individual people’s properties and individual people’s rights cannot be respected anymore. Because profit is more important than respect, and private interests are stronger than the public entities that are supposed to defend the citizens’ rights.   

Can we accept this? NO WE CAN’T!